Letreiro
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Resenha do Livro Cartas do Pequeno Príncipe!
Sinopse:
Esse livro é na verdade uma coletânea de cartas que o autor escrevia para família e os amigos, que foram divididas em três partes "Carta a um Refém", "Cartas à Sua Mãe" e "Cartas da Mocidade". Da primeira parte, eu gostei muito, ele escreve a um amigo judeu que ficou na França, ocupado durante a Segunda Guerra Mundial. A seguinte, "Cartas à Sua Mãe", eu achei linda demais... Também um pouco melosa feita em sua maior parte de cartas contando sobre momentos da vida do autor.
… Eu encontrava no navio os meus refugiados. Esse navio emanava também uma leve angústia. Esse navio transportava, de um continente a outro, aquelas plantas sem raízes. Eu dizia a mim mesmo: “Quero ser um viajante, não um emigrante. Aprendi tantas coisas em minha pátria que serão inúteis em outros lugares”. Mas eis que meus imigrantes tiravam do bolso a pequena caderneta de endereços, os restos de sua identidade. Fingiam ainda ser alguém. Agarravam-se com todas as forças a alguma significação. “Sabem, eu sou fulano de tal, diziam eles… sou de tal cidade… amigo de sicrano… conhecem sicrano?”E contavam a história de um companheiro, ou a história de uma responsabilidade, ou a história de um erro, ou qualquer outra história que os pudesse ligar a qualquer coisa. Mas nada desse passado lhes ia servir mais, desde que se exilaram.… A França, sem dúvida, era para mim não uma deusa abstrata, não um conceito de historiador, mas uma carne de que eu dependia, uma rede de liames que me regia, um conjunto de pólos que apoiavam os declives do meu coração. Eu experimentava a necessidade de sentir mais sólidos e mais duráveis que eu mesmo os de que necessitava para orientar-me. A fim de saber para onde voltar. A fim de existir.… Foi num dia antes da guerra, nas margens do saonde, no
caminho de Tournus. Nós tínhamos escolhido, para almoçar, um restaurante cujo
balcão de pranchas se erguia por sobre o rio. Debruçados em uma mesa simples,
cheia de nomes gravados a faca pelos clientes, tínhamos pedido dois Pernod. Seu
médico lhe proibia o álcool, mas você desobedecia nas grandes ocasiões. Aquela
era uma delas. O que nos alegrava era mais impalpável que a qualidade da luz.
Você tinha, pois, escolhido esse Pernod das grandes ocasiões. E como dois
marinheiros, a dois passos de nós,
descarregavam um barco, convidamos os marinheiros. Chamamo-los do alto do
balcão. E eles vieram. Simplesmente vieram. Tínhamos achado tão natural convidar
companheiros, talvez por causa daquela invisível festa em nós. Era evidente que
eles responderiam ao sinal. E então nós brindamos!
Minha Opinião: Cartas do pequeno príncipe é um livro
interessante fácil de ser compreendido com uma leitura rápida porém profunda.
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